A vacina BCG é a principal estratégia de prevenção da tuberculose, doença altamente transmissível que pode afetar, além dos pulmões, ossos, rins e meninges (membranas que envolvem o cérebro). Embora a vacina não impeça o contágio ou o desenvolvimento da tuberculose, ela previne as formas graves da doença, como a tuberculose miliar e a meníngea.
No Brasil, a vacina BCG está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) em dose única e é obrigatória para todas as crianças, a partir do nascimento até os 4 anos de idade (antes de completar 5 anos).
A reação no local da aplicação da vacina é normal e até mesmo esperada, conforme abaixo:
– De 1 a 2 semanas após a aplicação pode aparecer uma pápula (elevação avermelhada na pele);
– Na terceira ou quarta semana normalmente há a formação de uma pústula com secreção (parecida com uma espinha);
– De 4 a 5 semanas após a vacina, a pústula se torna uma úlcera, como uma ferida aberta, com 4 a 10mm de diâmetro;
– Por fim, de 6 a 12 semanas após, a ferida começa a cicatrizar, formando uma pequena marca que costuma permanecer no braço direito por toda a vida.
Durante todo o período de cicatrização, é importante não colocar sobre a lesão nenhum produto, medicamento ou curativo, pois trata-se de um processo normal de reação à vacina.
Se a lesão causada pela reação for grande demais ou se demorar muito a cicatrizar, é recomendado que se busque a avaliação de um profissional da saúde capacitado.
No Brasil, embora a incidência de tuberculose pulmonar venha aumentando, quase não são mais registradas suas formas graves, mérito da vacinação em massa.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que a vacina BCG aplicada na infância seja capaz de prevenir mais de 40 mil casos anuais de meningite tuberculosa.
Não deixe de proteger seu(sua) filho(a) e muitas outras crianças da tuberculose. Procure uma unidade básica de saúde e atualize a vacinação BCG, caso ainda não o tenha feito. Vacinas são seguras e salvam vidas!
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