O autismo trata-se de um deficit na comunicação social (verbal e não verbal) da pessoa e, muitas vezes, condiciona seu comportamento a um interesse restrito e a movimentos repetitivos. Há muitos subtipos do transtorno, tanto que se usa o termo “espectro” para poder abranger desde doenças e condições associadas (como a deficiência intelectual e epilepsia) até pessoas independentes, com vida comum, que talvez nem saibam que têm autismo.
Alguns sinais de autismo podem ser percebidos a partir de um ano e meio de idade da criança ou até mesmo antes em casos mais graves. Mesmo que haja apenas uma suspeita de autismo, sem diagnóstico fechado, é de grande importância que se inicie o tratamento quanto antes para que seja possível melhorar a qualidade de vida do paciente.
Como identificar os sinais de autismo? Se uma criança apresentar ao menos 3 das características abaixo, pode-se considerar a suspeita de autismo e justifica consultar um médico para investigar:
– Não manter contato visual por mais de 2 segundos;
– Não atender quando chamado pelo nome;
– Isolar-se ou não se interessar por outras crianças;
– Alinhar objetos;
– Ser muito preso a rotinas a ponto de entrar em crise;
– Não brincar com brinquedos de forma convencional;
– Fazer movimentos repetitivos sem função aparente;
– Não falar ou não fazer gestos para mostrar algo;
– Repetir frases ou palavras em momentos inadequados;
– Não compartilhar seus interesses e atenção, apontando para algo ou não olhar quando apontamos algo;
– Girar objetos sem motivo;
– Interesse restrito por um único assunto;
– Não imitar;
– Não brincar de faz-de-conta;
– Hipersensibilidade ou hiper-reatividade sensorial.
A pessoa autista pode apresentar hiperatividade, irritabilidade, desatenção, impulsividade, autoagressividade, agitação, insônia e outros sintomas que podem ser tratados com medicamento prescrito por um médico.
Segundo a Associação Americana de Psiquiatria, o tratamento é mais eficiente quando é personalizado ao paciente e feito em um conjunto de profissionais, como psicólogo, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional, entre outros, conforme a necessidade de cada autista.
O dia 2 de abril foi declarado como o Dia Mundial de Conscientização do Autismo, com o objetivo de levar mais informações e esclarecimentos sobre esse distúrbio que afeta cerca de 1% da população do mundo, segundo a ONU através da OMS.
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